26º Grito dos Excluídos pede fim da miséria, preconceito e repressão

“Vida em primeiro lugar – Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos terra, trabalho, teto e participação!”. Esse é o lema do 26º Grito dos Excluídos, uma marca da luta social em todo o Brasil que mobiliza o país no feriado que, oficialmente, é chamado Dia da Independência.

Desde 1995, os movimentos religiosos, sindicais, sociais e populares vão às ruas para debater com a sociedade e se manifestar sobre temas que afetam diretamente a vida das pessoas, principalmente, às que estão abaixo da linha da pobreza.

Este ano, o governo Bolsonaro será o alvo dos protestos, que têm o objetivo de denunciar os retrocessos sociais, econômicos e ambientais no Brasil, além das mais de 120 mil mortes por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19), resultado dos desmandos de um presidente e de um governo que nega a doença.

A manifestação no Recife teve sua concentração às 9h, no Parque 13 de Maio. Buscou manter às normas sanitárias com o distanciamento social. A passeata contou com um percurso menor que em outros anos e buscou a formação em fila indiana, com espaço de 1 ou 1,5 metro entre as pessoas.

“O Grito dos Excluídos tem um grande simbolismo. É uma manifestação que une as pessoas, entidades, igrejas e movimentos sociais que têm compromisso com a luta dos excluídos. De fato, precisamos dar um basta à miséria, ao preconceito e a repressão. Precisamos lutar por políticas públicas que garantam a todos condições para uma vida digna com trabalho, terra, teto e participação”, afirmou Fábio Barros, pré-candidato a prefeito de Paulista pelo PDT.

Origem do Grito

A proposta do Grito surgiu no Brasil, em 1994, a partir da iniciativa da Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e movimentos sociais. O 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, levando às ruas o tema da Campanha da Fraternidade daquele ano: “A Fraternidade e os Excluídos”. No ano seguinte, a Assembleia Geral dos Bispos discutiu e aprovou a inserção do Grito dos Excluídos no projeto Rumo ao Novo Milênio. Em 1999, o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.