Inovação e Tecnologia

Inovação e Tecnologia

Lá se foi a época em que podíamos dizer que a tecnologia e a inovação eram promessas do futuro, hoje elas são a realidade. Nessa questão, nosso principal desafio no Projeto Municipal de Desenvolvimento é: como trazer a inovação para uma administração mais democrática e participativa do nosso Paulista? Abaixo falamos mais sobre isso e de um novo conceito de cidade, a Smart City. Ficou curioso!? Leia o artigo a seguir e compartilhe nas suas redes sociais!


Paulista Smart City: investimento municipal em Inovação e Tecnologia

Se o final dos anos 90 e o início dos anos 2000 ficaram marcados pela introdução massiva da internet no Brasil, a segunda década do século XXI pode se categorizar como a consolidação deste movimento e a atribuição de seu caráter indissociável na vida do povo.

Acessar à internet não é mais uma ação exclusivamente voltada para o entretenimento ou para poucos segmentos profissionais. O advento dos smartphones e sua disseminação no meio da vida social, revolucionaram o mundo do comércio, dos serviços e, principalmente, transformaram a forma como as pessoas se comunicam. A era digital é uma realidade incontestável.

O Brasil é um dos países protagonistas no consumo digital e uma das zonas tidas como estratégicas para as grandes empresas do ramo, na execução de novas ideias. Gigantes como a Google, a Amazon e o Facebook, para citar alguns exemplos, tem forte atuação em nosso solo e conhecem o potencial consumidor dos brasileiros. Entretanto, tal protagonismo se limita apenas ao consumo, posto que o nosso país não possui posição de destaque no desenvolvimento de novas tecnologias.

A falta de investimentos e de um plano nacional destinado ao fortalecimento de um pólo produtivo de inovação e tecnologia, coloca o Brasil à margem desta evolução. Neste quesito, somos consumidores, não produtores. E estamos ficando para trás.

Outro grande desafio deriva da sociodemografia brasileira. Historicamente marcados por sermos uma das nações mais desiguais do mundo, este aspecto também se encontra presente na viabilização do acesso à internet.

Agravado pela nossa dimensão continental, que dificulta a ampliação do serviço para todos, é notória a disparidade entre as regiões. Segundo levantamentos produzidos por estudantes brasileiros da Universidade de Stanford (EUA) no evento Brazil at Silicon Valley, em parceria com a consultoria Mckinsey, 95% do uso de internet concentra-se nas cidades, em detrimento do acesso nas áreas rurais, onde o percentual continua muito abaixo do esperado.

A velocidade da conexão também é um grande entrave na realidade nacional. O mesmo estuda aponta que, em 2017, a velocidade média da internet brasileira foi de 13 Mbps, número significativamente abaixo da média global – 31 Mbps.

Infográfico 01: Velocidade média por Mbps / Fonte: Brazil Digital Report, 2018
Infográfico 02: Variação do acesso por aspectos geográficos e demográficos / Fonte: Brazil Digital Report, 2018
Infográfico 03: Defasagem do mercado brasileiro na área de tecnologia / Fonte: Brazil Digital Report, 2018
Infográfico 04: Defasagem do mercado brasileiro na área de tecnologia: acordos comerciais / Fonte: Brazil Digital Report, 2018
Infográfico 05: Média temporal de consumo de internet por dia / Fonte: Brazil Digital Report, 2018

O atraso do Brasil na qualidade do acesso e na promoção de tecnologia é indiscutível. Todavia, em termos de consumo os índices permanecem evoluindo rapidamente. A razão do crescimento é uma inerência da nova formatação social que a tecnologia impôs ao mundo.

A cada dia se torna mais difícil viver em sociedade sem que estejamos conectados. Gradualmente, à medida em que inovações são desenvolvidas, mais dependente destes recursos nos tornamos.

Desde o consumo de serviços básicos como realizar uma transferência bancária, conversar com um parente distante ou assistir a uma aula, à ações de maior complexidade, como abrir um empreendimento ou mapear os índices de violência de um município. Hoje, quase tudo depende da tecnologia.

Ao que tudo indica, este é apenas o início de uma transformação ainda maior. O advento da intitulada “Indústria 4.0” e o aperfeiçoamento de conceitos como IoT (Internet das Coisas) e Machine Learning oferecem uma noção do que a tecnologia nos reserva para os próximos anos.

Aprimoramento de sistemas de impressão 3D, realização de cirurgias de baixa e média complexidade através de dispositivos tecnológicos, a implementação da internet 5G e a correlação destas e de outras inúmeras inovações com as noções de inteligência artificial já são uma realidade e prometem determinar os rumos da humanidade nas próximas décadas.

Em poucos anos, os modelos de educação, saúde, mobilidade, segurança, emprego, dentre outros, serão absolutamente distintos dos que estamos habituados hoje em dia. Por isso, é essencial estarmos em sintonia com a revolução tecnológica a nível global. Para tal, o espontaneísmo individual do mercado não é, em hipótese alguma, o suficiente.

Aliarmos inovação e tecnologia com desenvolvimento social, econômico e, principalmente, sustentável, requer a participação do poder público através de políticas consistentes e estratégicas. É sob esta ótica que se ampara nosso Projeto Municipal de Desenvolvimento: propor um modelo de gestão pública inovador que se debruce sobre a retomada do crescimento a partir da inserção tecnológica, de forma ampla e plural.

Este é um desafio que objetivamos concretizar ao longo da próxima década. Por termos a convicção de que nenhum avanço será efetivo, em nenhuma das áreas da administração pública, caso seja pensado de forma desvinculada dos avanços tecnológicos. A era digital é uma realidade que caminha a passos largos. Não podemos permanecer alheios a tamanha evolução. Não devemos ser meros espectadores do progresso.

Paulista: projeto para uma Smart City

Embora relativamente novo, o conceito de “Smart City” já encontra-se consolidado dentro e fora do Brasil. O seu surgimento é uma consequência direta da proliferação gradual de problemas oriundos do crescimento desordenado e da falta de planejamento das cidades. Há anos já evidencia-se a defasagem dos modelos tradicionais de gestão pública, sob o ponto de vista propositivo.

A fragilidade atual dos programas de governo, planos de metas e objetivos centrais da administração pública, contrapõe-se de forma latente das reais necessidades da população, que se acumulam a olhos vistos.

Não há mais, no fazer político tradicional, ferramentas suficientemente sólidas que atenuem as contradições já existentes. Assim, a tecnologia passou a ser enxergada como a solução para as cidades; uma via de acesso segura para o progresso e para a suplantação dos problemas presentes.

Mas o que vem a ser uma Smart City, afinal?

Smart City é um conceito elaborado para otimizar a administração pública das cidades através da inserção tecnológica, transformando-as em cidades inteligentes. Uma Smart City possui todos os aspectos da vida urbana transformados positivamente através da tecnologia. Do combate à criminalidade ao controle do trânsito, passando pela educação, saúde e desenvolvimento sustentável, em todos os desafios de uma cidade há um plano estratégico pensado através da tecnologia.

Embora seja a implementação de um conjunto de ações técnicas, a execução de um projeto de Smart City deve ser extremamente bem definido. A amplitude das possibilidades que a tecnologia pode trazer para o bem-estar e o crescimento sustentável de uma cidade, a tornam um conceito extremamente amplo e passível – em decorrência de sua subjetividade – de se tornar impraticável.

Segundo, Hans Neubert, líder global de criação de experiências digitais da Gensler, para um projeto de Smart City funcionar, “as tecnologias precisam ser direcionadas para fins pré-identificados e necessários, e que o cidadão urbano a receba em um benefício tangível.

Em outras palavras, cidades inteligentes precisam ser humanizadas […] quando bem feitas, as tecnologias das cidades inteligentes podem fornecer uma plataforma para um diálogo bidirecional entre cidadão e cidade”.

Paulista 2021 – 2030: O nascimento de uma Smart City

Estacionada no tempo em termos de inovação e tecnologia, Paulista é uma cidade que carece profundamente de um projeto que vise transformá-la em uma cidade adequada ao século 21. A ineficiência de sua administração pública como razão do acúmulo de problemas em todos os setores da sociedade, acima de tudo, é um entrave extremamente complexo de ser solucionado em decorrência da forma arcaica como vem sendo compreendida, sem qualquer uso da tecnologia de forma estratégica.

Em outras palavras, a administração pública em Paulista não é capaz de solucionar os problemas da cidade por um motivo simples: ela não tem conhecimento, tampouco controle, sobre eles. A população do Paulista vive em uma cidade governada, historicamente, por gestores que não conhecem os seus dilemas nem possuem métodos para identificá-los e resolvê-los. Paulista é uma cidade no século 21 governada aos moldes do século anterior.

Diante do exposto, torna-se claro que implementar em Paulista práticas que visem transformá-la em uma Smart City vai além de uma simples proposição: é uma necessidade. O bom funcionamento de todos os setores da vida social do Paulista depende, em primeiro lugar, de um levantamento dos problemas existentes e da consequente execução das soluções através de uma modernização tecnológica responsável e que seja acessível a todos.

Há no Brasil bons exemplos de como a aplicação do conceito de Smart City é capaz de promover uma evolução impactante no desenvolvimento da população. Mundo afora este eixo norteador já é uma realidade presente há alguns anos.

Paulista precisa se alinhar com estes avanços a nível global para se tornar, enfim, uma cidade que preserva o seu passado mas que constrói no presente a garantia de um futuro próspero e digno para todos. Apenas com o compromisso em promover inovação e tecnologia de forma igualitária, poderemos combater a desigualdade sócio-digital presente. A soberania popular carece deste esforço e é nosso dever atendê-los de forma justa e irrestrita.

O Projeto Municipal de Desenvolvimento tem como núcleo propositivo para esta área, a execução de um conjunto de medidas, a serem executadas entre os anos de 2021 e 2030, objetivando trazer a revolução digital para o seio do município. Acreditamos que Paulista precisa, o quanto antes, tornar-se uma cidade inteligente. Uma Smart City em prol das pessoas.

Propostas do PMD

Propostas do Projeto Municipal de Desenvolvimento para Inovação e Tecnologia

A clareza da crescente importância da tecnologia no cotidiano das pessoas e a compreensão do caráter desigual da promoção deste serviço em nosso país, serviu de aspecto vital para a inclusão de um plano direcionado exclusivamente à Inovação e Tecnologia.

Extremamente deficitária nesta área, a cidade de Paulista carece de um urgente esforço de fomento à inclusão digital, de modo que o presente projeto se coloca com a missão de transformar o município em uma Smart City, baseando-se em uma série de experimentos bem sucedidos em outras cidades do Brasil e do mundo.

Assim, amparando-se no conteúdo apresentado e em linha com as diretrizes que o norteiam para que possa obter êxito ao longo de um prazo de dez anos, o PMD apresenta as seguintes propostas para a Inovação e Tecnologia

  1. Implantar a maior rede de fibra óptica da região metropolitana do Recife
  2. Criar a Política Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
  3. Elaborar a Estratégia Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
  4. Aprovar o Plano Diretor Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
  5. Criar a Rede Pública de Inovações Tecnológicas
  6. Tornar Paulista cidade modelo nos índices de transparência de portais públicos de informações, através do programa “Governo Digital”
  7. Criar o Parque Digital Público Municipal
  8. Aprovar o Plano Municipal de Dados Abertos
  9. Criar o Catálogo Municipal de Bases de Dados Abertos
  10. Criar os Conselhos Municipais sobre Dados Abertos
  11. Reestruturar o Portal da Transparência Municipal
  12. Criar o Portal Municipal de Participação Social
  13. Implementar plataforma de gestão eletrônica de documentos
  14. Modernizar o acesso aos serviços públicos municipais através do Programa “Inova Paulista”

Agradecimento aos Colaboradores