A testagem de pessoas suspeitas de infecção pelo novo coronavírus, assim como a constante atualização dos dados de contaminação, fornecem ao poder público as informações necessárias para a elaboração de políticas e estratégias de combate e prevenção à doença. No Brasil, porém, o alcance e a rapidez dos testes de coronavírus ainda são muito limitados, deixando uma defasagem nos números de notificações e a suspeita que que o cenário é pior do que se imagina.
Atualmente, o protocolo de testagem recomendado pelo Ministério da Saúde é o de realização apenas em pessoas com sintomas graves de suspeita da doença e em profissionais das áreas de saúde e segurança. Apesar da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que todos os casos suspeitos sejam testados, a medida do governo se dá em razão da quantidade ainda pequena de testes para atender toda a população.
O processo de testagem mais assertivo é chamado de RT-PCR e envolve biologia molecular, que procura na amostra de secreção nasal e da garganta do paciente se há o material genético do Sars-Cov-2, responsável pelo novo coronavírus. É preciso, no mínimo, de 8 horas para que o resultado fique pronto, mas, com as demandas crescentes nos laboratórios, o prazo pode ficar ainda maior. Uma alternativa que têm se mostrado eficiente para agilizar o diagnóstico, precisando apenas de 10 a 30 minutos para ficarem prontos, são os testes rápidos, que usam o mesmo tipo de amostra ou sangue, mas a partir de uma metodologia menos precisa.
Apesar das limitações já comprovadas nos testes rápidos, eles conseguem obter o maior aliado durante processos epidêmicos como o que vivenciamos no momento, o tempo. O Ministério da Saúde recebeu da China, no último dia 9 de abril, um lote de 500 mil testes e a Anvisa têm liberado a produção por clínicas brasileiras. No primeiro momento, a ideia é que os exames sejam empregados para a análise em profissionais que têm trabalhado na linha de frente do combate ao COVID-19 e que por isso, precisam ser priorizados.
“Várias prefeitura pelo Brasil estão tomando a iniciativa da compra de testes para reforçar as ações de prevenção e combate ao coronavírus. A Prefeitura de Paulista deveria realizar medidas de contenção de gastos para investir recursos na compra dos testes rápidos que poderiam ser aplicados nas unidades de saúde, garantindo um diagnóstico mais ágil”, disse Fábio Barros, Presidente da Câmara de Vereadores do município.