Plano de Convivência: entenda como vai funcionar a reabertura das atividades econômicas

As atividades econômicas em Paulista/PE, paralisadas em razão das ações de isolamento social em combate a pandemia do coronavírus, aos poucos começam a reabrir. O governo de Pernambuco divulgou um Plano de Convivência, que determina etapas para a flexibilização da quarentena de acordo com o nível de contágio da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde, o estado se encontra hoje em estabilidade do ritmo de contágio, no nível quatro de atenção. A matriz de alerta e riscos de Pernambuco é definida em cinco níveis decrescentes, sendo cinco o mais grave (crescimento do ritmo de contágio) e nível um o mais ameno (chamado de “novo normal”).

Para que os municípios cheguem a atingir o “novo normal” deve-se seguir um planejamento gradual, em que são levados em consideração a relevância socioeconômica dos setores e os riscos que o retorno de cada atividade pode representar para a saúde da população.

A gestão de Paulista/PE, no entanto, já segue tratando da reabertura de outros segmentos, como academias de ginástica e igrejas, por exemplo, que, de acordo com o plano do estado ainda nem sequer possuem data definida para voltarem a funcionar.

O acompanhamento dos setores e a construção do protocolo para a segurança da população na cidade não tem sido comandada por secretarias das áreas mais afetadas, tanto da saúde, quanto de desenvolvimento econômico, mas pela chefia de gabinete da prefeitura, sem conhecimento técnico para tal.

As recomendações do governo do estado orientam como os serviços devem agir para proteger a saúde de profissionais e consumidores.

Etapas de reabertura das atividades econômicas

A primeira etapa do nível quatro já teve início no começo deste mês de junho. Foi liberado o funcionamento de lojas físicas de material de construção, desde que sejam seguidos determinados protocolos de atendimento, e do comércio não essencial, com atendimento exclusivo por delivey.

A segunda etapa começou nesta segunda-feira (8) com a reabertura do comércio atacadista, sob novos protocolos de saúde e segurança, e de shopping centers apenas para entrega e retirada nos locais. A construção civil também volta a funcionar, só que agora, com 50% da força de trabalho.

Atendimentos em saúde – consultórios, ambulatórios de profissionais de saúde, serviços de
apoio diagnóstico e terapêuticos, e óticas – passam a ser liberados, com regras específicas, a partir do próximo dia 10.

Na semana do dia 15 de junho, o varejo de rua, com até 200 m², pode voltar a funcionar, com horário de atendimento das 9h às 18h. Comércio de veículos, serviços de aluguel e vistoria de veículos também reabrem no mesmo dia.

Além destes, salões de beleza, e serviços de estética também estão livres para voltar a atender o público, desde que sejam tomadas determinadas medidas. Devem atender um cliente por vez, por agendamento, sem fila de espera e com higienização entre um cliente e outro. É preciso ainda cumprir o distanciamento de, pelo menos, 1,5 metro entre clientes.

Ainda a partir do dia 15, os treinos de futebol profissional também podem voltar a ocorrer.

Para finalizar, as etapas do nível quatro, todo o varejo de rua, independente do espaço, poderá realizar os atendimento aos clientes, com normas de higiene específicas e durante o horário que vai das 9h às 18h. A construção civil vai poder funcionar com 100% dos trabalhadores ainda nesta etapa. As datas para a flexibilização ainda não foram definidas.

As medidas definidas no Plano de Convivência podem ser modificadas no decorrer dos dias. A Secretaria de Saúde e o Comitê Socioeconômico de Enfrentamento ao Coronavírus do Governo de Pernambuco devem analisar diariamente as respostas dos setores e o processo epidêmico ainda em curso no estado, a fim de tomar novas providências.

Caso as ações sejam precipitadas, sem o estudo, a preparação e o cuidado necessários, a população pode ficar ainda mais vulnerável ao vírus, que continua sendo transmitido. Os moradores de Paulista/PE podem se ver em um novo pico de casos, do mesmo tamanho ou ainda pior do que já ocorreu. O planejamento é a saída para evitar esse cenário.