A Campanha de Vacinação contra a gripe segue suspensa em Paulista e sem data certa para ser retomada, colocando os idosos e profissionais de saúde (públicos-alvo dessa fase de vacinação) em risco. O que mais chama a atenção é a falta de clareza nas informações, além da tentativa da prefeitura de fugir da responsabilidade e atribuir o problema unicamente ao Governo Federal.
“É um absurdo o que acontece em Paulista. Já levei meu pai três vezes ao posto para vacinar e quando chego lá não tem vacina H1N1 e eles não sabem quando vai ter. Meu pai tem 72 anos. É assim que a prefeitura tá tratando os idosos”, disse a dona de casa Maria de Lourdes, que residente em Maranguape II.
A Secretaria Municipal de Saúde disse ter recebido 16 mil doses da vacina e que todas foram utilizadas no dia 23 de março, início da campanha. Depois, informou que chegou mais 3,5 mil doses. Lembrando que em Paulista, segundo dados da campanha realizada em 2019 e disponibilizados pela prefeitura, foram vacinados no ano passado 30.382 idosos e 4.316 trabalhadores de saúde, o que mostra o quanto estamos longe de atingir a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, até porque esse número de pessoas deve ter aumento este ano.
Mas, a realidade é que falta vacina em todas as unidades de saúde e a maioria dos idosos e profissionais de saúde ainda não foram imunizados.
“Estamos cobrando a retomada urgente da vacinação contra a gripe em nossa cidade e de forma planejada, com a implementação da vacinação em áreas abertas e arejadas para evitar a aglomeração de pessoas e a vacinação por drive thru, em que não é preciso sair do carro para receber a dose da vacina, inclusive, pode ser implantada em vários pontos da cidade, como shopping, orla e Parque das Paineiras. A prefeitura precisa priorizar a vacinação e estamos atentos, cobrando todos os dias”, afirmou o presidente da Câmara de Vereadores de Paulista, Fábio Barros.
Importância – A vacinação contra a H1N1 é muito importante porque auxilia no diagnóstico rápido e preciso contra o coronavírus. Como os sintomas das duas doenças são semelhantes, se o paciente com suspeitas chegar ao pronto-atendimento e tiver se vacinado contra gripe, médicos e enfermeiros poderão descartar a hipótese da doença e se concentrar na possibilidade de se tratar da Covid-19.
Outra coisa, quanto menos pessoas ficarem gripadas, muito melhor. Isso serve também para evitar uma grande procura por atendimento nas unidades de saúde, que precisam priorizar o atendimento às pessoas com suspeita de terem contraído o coronavírus.”