A inclusão social de pessoas com deficiência entra em foco na semana que vai de 21 à 28 de agosto. A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, instituída pela Lei nº 13.585/2.017, procura promover discussões e mobilizações acerca da necessidade de organização social e políticas públicas para o combate à discriminação e ao preconceito com esse segmento populacional.
Todo ano, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Brasil estabelece um tema específico a ser discutido durante o período. “Protagonismo empodera e concretiza a inclusão social” é o assunto abordado na campanha de 2020 que tem como objetivo reforçar a importância da participação e protagonismo das pessoas com deficiência nos mais diversos espaços na sociedade.
“É essencial o engajamento do estado, junto à sociedade e à família para garantir esse empoderamento das pessoas com deficiência e o desenvolvimento do protagonismo para inclusão. Todos os espaços e todas as temáticas precisam ser pensadas a partir do olhar dessas pessoas, só assim a gente constrói uma sociedade que acolhe a todos”, disse o vereador Fábio Barros, pré-candidato a prefeito de Paulista/PE.
No Brasil, de acordo com o Censo de 2010, o último realizado, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou ter impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Essas dificuldades aparecem como obstáculos que podem atrapalhar a participação plena e efetiva dessas pessoas na sociedade em igualdades de condições com as demais.
Uma das áreas da vida capazes de oportunizar o protagonismo, defendido na campanha deste ano, é o trabalho, espaço onde justamente ainda existe muita resistência à inclusão. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2018, entre os 46,6 milhões de empregos formais, somente 486.756 estavam direcionados a pessoas com deficiência.
Mas não é preciso ir muito longe, a conquista do protagonismo ainda é dificultada por problemas simples. A falta de acessibilidade observada nas cidades é um deles. “São muitos os problemas que percebemos. Paulista/PE não é estruturada para pessoas com deficiência, são ruas esburacadas e sistema de transporte público municipal sem adaptação, por exemplo, que não garantem o direito básico de ir e vir”, colocou Fábio Barros.
[contact-form-7 404 "Não encontrado"]“A única forma de construir uma cidade para todos é entendendo a realidade das pessoas com deficiência, acompanhando essas realidades. Precisamos de uma gestão que seja sensível e proponha ações que garantam efetivamente a autonomia e o protagonismo à vida desse segmento social”, completou.