Alimentação e nutrição adequadas, antes de tudo, um direito humano

Estava lendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos e me deparei com um artigo que me fez pensar e também escrever, mas antes de minha opinião quero dividir com o leitor o artigo em foco:
Artigo XXV – 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, o direito à segurança, em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.” (ONU, 1948)

O conceito de Direito Humano à alimentação amplia-se no Brasil, especialmente desde a criação da Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, em 1992, que desencadeou um amplo debate sobre o combate à exclusão social no contexto da promoção da cidadania e dos direitos humanos.

Para mim, o direito à alimentação vai além de matar a fome, mas, sobretudo, garantir sua verdadeira dimensão humana, quando torna o cidadão digno e saudável. Portanto, o direito humano à alimentação diz respeito a práticas e hábitos saudáveis, ao estado de saúde das pessoas, ao cuidado com os socialmente vulneráveis (crianças, adolescentes, gestantes, idosos, portadores de necessidades especiais, entre outros), sem esquecer a importância do ser humano ser capaz de alimentar e nutrir a si próprio e à sua família com dignidade, através do seu trabalho, no campo ou na cidade.

Isso me inquieta e me faz pensar em quantas pessoas estão com fome nesta cidade. Quantos estão sendo desrespeitados no seu direito. Como transformar as ações sociais, que mesmo bem intencionadas, na maioria das vezes, são imediatistas e superficiais apenas matando a fome do dia, sem grandes resultados a médio e longo prazo. Sei que é uma questão pública, portanto também de vontade política.