A história de luta construída pelo líder sul-africano Nelson Mandela continua a reverberar com força em todo o mundo, mesmo após sete anos da sua morte. O dia 18 de julho, data de nascimento do ativista, foi o calendário escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2009, com o objetivo de reconhecer a contribuição de Mandela para uma cultura de paz e liberdade.
O Dia Internacional Nelson Mandela (Mandela Day, em inglês) não só relembra o legado deixado por ele, mas faz um convite a todas as pessoas para que o dêem continuidade. “A dedicação de Mandela em servir a humanidade deve ser inspiração para que a gente se sinta capaz de realizar transformações onde vivemos”, destacou o pré-candidato a prefeito de Paulista Fábio Barros.
A agenda de ações deste ano estabelecida pela ONU direciona os olhares para o maior problema enfrentado pela humanidade nos últimos tempos, a pandemia do novo Coronavírus. É por isso que a essência da data deve motivar o engajamento de pessoas e grupos no apoio aos mais prejudicados pelos impactos sociais e econômicos da doença.
Não é a toa que o tema do Dia este ano é o “Promova uma ação, inspire a mudança”. O mote destaca a importância do trabalho em conjunto de governos a cidadãos na direção da construção de um mundo pacífico, sustentável e igualitário.
Ao observar o momento de dificuldade que as sociedades enfrentam hoje e o estímulo oferecido pelo “Mandela Day”, Fábio Barros reforça o papel das lideranças nesse processo de formação de uma unidade. “Enquanto líderes, em alguma instância, nós precisamos agregar forças para lutar a pandemia e todos os efeitos que virão a partir dela, que serão muitos”, afirmou.
Quem é Nelson Mandela?
Os pilares de igualdade, dignidade e solidariedade foram os que guiaram o homenageado deste Dia, Nelson Mandela, durante toda uma trajetória de vida. Rolihlahla Dalibhunga Madiba Mandela se dedicou a promover mudanças significativas na sociedade desde cedo. O despertar da liderança se deu na universidade quando se envolveu com o movimento estudantil, em protestos pela democracia racial na instituição.
Foi justamente a luta contra a política de segregação racial, Apartheid, implementada no país, que levou Mandela a ser preso em 1962. Ativistas de direitos humanos do mundo todo e grandes personalidades se manifestaram e fizeram pressão em prol da sua liberdade, mas somente depois de 27 anos ele conseguiu a liberdade definitiva.
Depois da saída da prisão, Mandela colocou em prática um plano de ações para a mudança do regime, o que resultou no fim do Apartheid. A partir disso, outras grandes mudanças foram conquistas, como o direito ao voto e à participação na escolha dos seus representantes na política.
Três anos depois, em 1994, a primeira eleição multirracial da história da África do Sul, Nelson Mandela se candidatou a presidente e foi eleito, se tornando o primeiro presidente negro no país. Na ocasião, o líder já era amplamente reconhecido em todo o planeta, tendo ganhado o Prêmio Nobel da Paz em 1993.
Além do notório legado na luta em defesa da democracia, a contribuição deixada por ele se enumera: resolução de conflitos; relações raciais; proteção e promoção dos direitos humanos; reconciliação; igualdade de gênero, direitos de crianças e outros grupos vulneráveis; luta contra a pobreza; promoção da justiça social.