Administração municipal entra em foco no Dia do Servidor Público em Paulista/PE

Dia do Servidor Público

Celebrado nacionalmente no dia 28 de outubro, o Dia do Servidor Público é uma data destinada à valorização dos profissionais da administração pública.

Este ano, com a campanha “Eu luto pelos serviços públicos”, a categoria realizará uma série de atos em defesa dos serviços públicos e de combate à Reforma Administrativa proposta pelo Governo Federal.

Em Paulista/PE, o candidato a prefeito pelo PDT, o professor, biólogo e ambientalista Fábio Barros, entra na defesa dos servidores públicos de sua cidade. Criador de um Projeto Municipal de Desenvolvimento, no qual destina uma seção à Gestão Pública e destaca a importância dos servidores e da modernização da administração municipal, Fábio se posiciona de forma contundente.

O Dia do Servidor Público é um dia importante para todos nós. O servidor público é essencial e precisa ter incentivo e valorização. As razões para os problemas do poder público são outras”, afirma.

Fábio, que defende em seu plano de governo a realização de concurso público para os servidores de Paulista/PE, acrescenta: “A administração pública deve ser qualificada. Precisamos preservar os bons profissionais que temos mas também agregar equipes técnicas, com experiência e competência para trabalhar.

Por isso defendo a realização de concurso público. A gestão pública deve ser tão eficiente quanto for possível e precisamos dos servidores ao nosso lado”.

Você sabe quantos servidores públicos existem no Brasil?

Responsáveis pela administração de qualquer ente federativo no Brasil, os servidores são peça fundamental da Gestão Pública, representando cerca de 12,5% do total de trabalhadores formais em nosso país. Embora pareça algo expressivo, o número encontra-se abaixo da média global, segundo apontam estudos produzidos pela OCDE e pelo Banco Mundial.

Na pesquisa, realizada em 2020, a participação dos servidores públicos em relação a quantidade de trabalhadores formais em um país é de 17, 88%. Países desenvolvidos apresentam uma porcentagem de servidores bem acima da média brasileira, como os Estados Unidos (15,89%) e a Suécia (30,26%).

Os dados acima são importantes para ilustrar que as razões das contradições existentes na gestão pública do Brasil não são decorrentes da quantidade de servidores e sim da forma e das condições com as quais os serviços públicos vêm sendo desempenhados. Entretanto, no debate nacional esta narrativa não aparece com clareza.

Habitualmente, afirma-se que há um excesso do número de servidores, fator que acaba por incitar uma crescente campanha pela redução do tamanho do Estado, para torná-lo mais eficiente em suas atividades e na destinação dos gastos públicos.

A razão pela qual este pensamento se consolidou deve-se à falta de clareza sobre as atribuições dos servidores no Brasil. Normalmente, quando se trata de servidores públicos, é comum haver uma generalização destes agentes, sem fazer uma distinção de suas atribuições por esferas, Poderes ou carreiras.

“A sociedade, no geral, não compreende a real função dos servidores e quais as áreas de atuação. Assim, acaba ignorando, mas não por sua culpa, a brutal desigualdade entre estes profissionais”, aponta Fábio Barros. “A disparidade é muito grande. É certo que há, no campo do servidores, profissionais com altos salários, isto é inegável.

Mas também há aqueles que são essenciais para a sociedade, que trabalham muito e ganham pouco. Não podemos ignorá-los”.

Para Fábio, a raiz do problema está na defasagem da estrutura. A burocratização e a falta de ferramentas modernas de trabalho, para ele, são questões que precisam ser resolvidas com urgência. “A questão não é o número de servidores. É a estrutura de gestão. A maior parte dos municípios no Brasil sofre pela falta de organização da gestão.

O poder público precisa se modernizar, instituir ferramentas para desburocratizar os processos e fazer uso da tecnologia para se tornar mais eficiente. Na era da tecnologia, trabalhar na base do papel e da caneta é um atraso extremamente nocivo para a sociedade”, conclui.